segunda-feira, 23 de abril de 2007

Uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.


A verdade é que o mundo gira e todos precisam ajudar a todos e todos precisam de ajuda.
Eu sempre gostei de ajudar, mesmo que às vezes eu exagere e meta o nariz onde não sou chamada. Claro que de boas intenções o inferno ta cheio, mas acho que, de certa forma, as palavras podem até sair pelo outro ouvido, mas permanecem no cérebro até acharem a saída! A pessoa perde certo tempo com o que eu disse e acaba refletindo e chega numa solução.
Eu não consigo ver alguém com algum problema, com algum tipo de ansiedade.
Às vezes eu tenho um problema e não consigo resolver, mas tento ajudar quem me procura, esqueço do meu. E por mais que isso martele minha cabeça, por mais que eu durma preocupada, durmo feliz, por que ajudei alguém e que esse alguém vai dormir com um problema a menos.
Alguns insistem em me perturbar, não consigo me livrar deles. E depois vejo que meus problemas são tão pequenos e simples. E com a cabeça fresca a solução sempre vem.
É claro que eu também tenho amigos que me ouve, que me dão conselhos, e na hora posso achar uma ou outra palavra que não me sirva, mas depois penso no motivo pelo qual a pessoa me falou aquilo e arrumo um nexo para ela.

Uma mão lava a outra e as duas lavam a cara, uma amiga especial me disse isso.
Eu guardo, muito bem, todas e quaisquer palavras de pessoas que considero mais do que importantes.
As pessoas que não me fazem a menor diferença, só dizem palavras que não fazem a menor diferença. São palavras gastas a toa.
Eu não perco tempo, não gosto. Eu não gasto palavras com quem não mereça (ou melhor, com quem eu acho que não mereça).
As pessoas que ouvem o meu sermão, as minhas “lições de moral”, podem ter certeza de que só faço isso, única e exclusivamente por que são pessoas que am, que quero que vá para frente. Tem umas que eu desisto, e com dor no coração se tornam pessoas menos importantes, se tornam lembranças...

Procure lavar o maior número possível de mãos e permita que lavem as suas.

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