sábado, 27 de março de 2010

Isabella Oliveira

Gente, tô na casa dos meus pais e só acordei por que meu irmão foi pra faculdade e fez o favor de deixar a porta aberta e o mais novo integrante da família, o Snoop, foi lamber minha cara e morder a Mancada.

Perdi o sono e só me veio à mente o caso dessa menina, que graças a Deus acabou.
Achei justo a prisão do casal Nardoni, mas deveriam ficar uns 100 anos presos.
Na época que aconteceu, fiquei triste, como todo mundo, por que a história foi um terror.
Não se tira a vida de ninguém, ainda mais quando esse alguém não tem nem como se defender, ela não teve chance nenhuma, coitada. Sem falar no trauma do irmão de 3 anos. Isso também foi uma crueldade, uma violência. A pena do casal deveria passar de 100 pra 200 anos.
Agora, o que foi realmente chocante, foi assistir o tamanho da plateia que se formou, gente que veio do Brasil todo só para "dar apoio" à família Oliveira. Eu dei apoio, rezei em casa, tentei pensar em coisas boas para todos, inclusive para os assassinos, quem sabe uma luz não se acendia e eles falassem a verdade.
Vi uma cena deprimente, uma velha (não dá pra chamar de senhora), velha memso, cabelo branco, quase pendurada na grade, gente com fogos de artifício, com cartazes e faixas, que é isso, gente (?) final de campeonato Corinthias e Palmeiras? Fiquei procurando um cartaz escrito: FILMA EU GALVÃO.
Lembrei da era medieval, onde as pessoas vibravam de felicidades com as "bruxas" na fogueira, com pessoas apanhando na rua, com pessoas sendo enforcadas. Isso é mediocre, é mostrar para o mundo o quão pobre de espíritos são.
Esse filme de terror já é triste por sí só, não precisava dessa multidão de mediocres.
Eu me senti mal, foi uma sensação ruim, uma tristeza sem palavras, e essa coisa ruim piorou com a alegria do povo.
Nem com a prisão do casal eu fiquei feliz, o que uma prisão pode trazer de bom pra qualquer pessoa?
Só sei que vou continuar rezando pela alma da menina, que ela consiga perdoar, que ela evolua. Rezarei pela família materna, para que consigam ter paz, pelos 2 meninos, um era nenem de colo, mas certeza sentiu algo ruim no ar, e o outro, esse coitado, que ficou marcado pelo resto da vida. Que eles saibam conduzir isso da melhor forma possível, que a família ajude de maneira que o psicológico fique o menos abalado possível. E pela família paterna, perderam a neta e o filho. Não podemos esquecer que uma 3ª família foi desestruturada, a família Jatobá.
Como essas famílias vão viver agora? Ou, como estão vivendo desde a morte da menina? Tudo foi destruido, vão ter de recomeçar do zero, juntar os cacos e aceitar os buraquinhos que nunca mais serão preenchidos, pois nunca mais terão a Isabella fisicamente.
Lamento pelo ocorrido e lamento pela mediocridade das pessoas...

Um comentário:

Geraldo Brito (Dado) disse...

Achei a pena curta também...